Proposta Pedagógica
Nossa proposta pedagógica deriva dos princípios filosóficos e educacionais que direcionam a ação educacional e que definem os pressupostos teóricos e metodológicos, a relação de conteúdos básicos, a avaliação de cada área do conhecimento para cada série e fase, atendendo às diretrizes pedagógicas definidas pelos órgãos oficiais competentes.
Fundamentação Teórica
São referenciais teóricos da proposta pedagógica do Colégio Dom Bosco os seguintes autores: Jean Piaget, Vygotski, Howard Gardner, Paulo Freire e Pedro Demo, todos unânimes no resgate do homem para a vida cidadã.
Jean Piaget – nele buscamos conhecimento do desenvolvimento da criança, sua maneira de pensar, raciocinar, encarar os desafios do seu dia-a-dia.
Vygotski – contribui com a visão social do desenvolvimento do homem, a leitura do mundo exterior em que vive, seu crescimento e desenvolvimento como fruto do meio.
Gardner – contribui para a compreensão do aluno como ser único, com habilidades, talentos e inteligências próprias e específicas, que necessitam ser acessadas e desenvolvidas através da educação.
Paulo Freire – enriquece-nos com sua proposta de construção e realização do homem que, mesmo na adversidade, interfere na própria história;
Pedro Demo – orienta-nos para a busca do conhecimento aberto em que o homem constrói, desconstrói, reconstrói, transformando, assim, a informação em conhecimento.
Esses referenciais pertencem ao currículo formal do colégio, ou seja, embasam os planos e propostas pedagógicas elaboradas pelo corpo docente e pela equipe administrativo-pedagógica. Entretanto, o currículo abrange ainda, outras três dimensões:
Currículo em ação – aquilo que de fato ocorre nas salas de aula.
Currículo oculto – os sentimentos e as experiências próprias de alunos e professores, criando formas de relacionamento, poder e convivência em sala de aula.
Currículo desafio – oportunidade dada ao aluno para elaborar projetos de seu interesse e participar deles.
Pilares
O Colégio Dom Bosco tem como pilares:
FELICIDADE
EMPREENDEDORISMO
AÇÕES COMUNITÁRIAS
MEIO AMBIENTE
Com bases nesses pilares, desenvolvemos os projetos da educação básica para a formação da vida cidadã, voltados para as necessidades da sociedade local, regional e planetária, visando à formação de um cidadão capaz de ser protagonista de sua história por meio de ações responsáveis, solidárias e autônomas em relação a si próprio, às suas famílias e à comunidade.
Fundamentação Ético-política
A ação pedagógica do Colégio Dom Bosco focaliza os seguintes princípios:
Éticos – autonomia, responsabilidade, solidariedade e respeito ao bem comum;
Políticos – direitos e deveres de cidadania, criticidade, respeito à ordem democrática;
Sociais – domínio das Ciências, da Filosofia e da Sociologia, necessárias à vida cidadã;
Estéticos – sensibilidade, criatividade e diversidade de manifestações artísticas e culturais;
Tecnológicos e do conhecimento – o uso da tecnologia como suporte para a formação de redes de conhecimento que estabeleçam bases fundamentais para o desenvolvimento do educando.
Fundamentos Epistemológicos
O Dom Bosco tem como bases epistemológicas desses princípios os fenômenos da vida humana, os fenômenos naturais e a teoria das múltiplas inteligências, na qual a transformação do ambiente acontece por meio da transformação de si mesmo. Nesse sentido, o processo de aprendizagem ocorre de dentro para fora, por auto-descoberta, com base na própria pessoa e no modelo educacional vivido. Assim, essas bases organizam-se por meio de três eixos de promoção:
Ecopedagogia – promoção da vida ou processo pelo qual o educando faz a leitura do mundo que o cerca e desenvolve hábitos de integração com o meio e com os outros numa convivência harmoniosa.
Egopedagogia – promoção do eu, ou seja, desenvolvimento de processos que permitem ao educando o autoconhecimento, a habilidade de solução de conflitos e a aquisição da auto-estima.
Intelectopedagogia – promoção da autonomia intelectual e tecnológica, instrumentalizando o educando para a aquisição do conhecimento e domínio de múltiplas linguagens.
Para isso, os professores precisam assegurar experiências educativas que permitam ao educando:
Reconhecer suas aptidões, seus talentos, suas habilidades e potencialidades;
Expandir sua inteligência e criatividade;
Oportunizar o próprio acesso ao conhecimento científico, à exploração, à descoberta e à pesquisa.
Fundamentos Didático-pedagógicos
O Colégio Dom Bosco propõe uma atuação partícipe da comunidade e transformadora
do contexto social em que está inserido.
Para tanto, considera as seguintes dimensões:
Escola – enquanto ambiente de partilha, comunidade de aprendizagem, espaço politizado e politizador, deve promover a disciplina como processo de integração sócio-cultural, possibilitando ao aluno o conhecimento e a aplicação de seus direitos e deveres.
Professor – representa um elo entre a escola e os projetos da comunidade, inserindo os alunos na realidade social e cultural. Pesquisador consciente de sua condição de aprendiz, é flexível e leva o aluno a aprender a aprender.
Aluno – deve ser sujeito da própria aprendizagem, empenhando-se em experiências profissionais e comunitárias, que possam contribuir para o exercício da cidadania responsável e solidária.
Metodologia – baseia-se no interacionismo, na interdisciplinaridade e no pensamento complexo. A concepção interacionista, criada por Vygotsky, propõe uma visão sociocultural em que as mudanças ocorridas no indivíduo estão ligadas à sua interação com a cultura e à história da qual ele faz parte. Por isso o aprendizado envolve a interação com outros indivíduos e a interferência direta ou indireta deles. Nesse sentido, a linguagem é o principal elemento de mediação entre as relações sociais e a aprendizagem. Seu papel é definitivo na organização do raciocínio, agindo sobre ele e reestruturando diversas funções psicológicas como a atenção, a memória e a formação de conceitos.
A interdisciplinaridade é a busca de integração curricular que se realiza por meio da parceria e do diálogo entre os docentes e entre eles e seus alunos, buscando estabelecer as intenções e possibilidades de interface entre as disciplinas. Desse modo, cabe ao professor perceber os conteúdos das disciplinas não como fins em si mesmos, mas como instrumentos culturais para que os alunos avancem em sua formação global. Outro aspecto da metodologia do trabalho interdisciplinar implica superar a dicotomia entre ensino e pesquisa, visando valorizar a relação direta e pessoal com a aquisição do saber. Dessa forma, o enfoque é dado ao ensinar a aprender, a estudar, a pensar. E, nesse sentido, destaca-se a importância de o educando exercitar-se no uso das múltiplas linguagens e de suas novas tecnologias, para posicionar-se diante da informação e interagir com o meio físico e social.
Quanto ao pensamento complexo, corresponde à multiplicidade e à contínua interação de sistemas e fenômenos que constituem o mundo natural. Há sistemas complexos no interior do ser humano e, ao mesmo tempo, ele está inserido em sistemas complexos. Portanto, entendê-los é prioritário para que se possa conviver com eles. A proposta básica do modelo de pensamento complexo é a visão de equilíbrio entre o pensamento linear e o sistêmico. Segundo Behrens (2004), essa visão se traduz pelo equilíbrio dos seguintes pontos: razão e intuição, indivíduo e grupo, conteúdos e processos, conhecimento e imaginação, quantidade e qualidade, avaliação e aprendizagem.
Avaliação – compreendida como parte do processo educacional, portanto, contínua e processual, permite conhecer o quanto o aluno se aproxima ou não da expectativa de aprendizagem que o professor tem em determinados momentos da escolaridade, em função da intervenção pedagógica.
Em decorrência dessa compreensão, a avaliação de aprendizagem só pode ocorrer se forem relacionadas às oportunidades oferecidas, analisando-se a adequação das situações didáticas propostas aos acontecimentos prévios dos alunos e aos desafios que estão em condições de enfrentar.
Assim, a avaliação de aprendizagem possibilita ao docente definir prioridades e localizar quais aspectos de ações educacionais demandam maior apoio, fornecendo-lhe elementos para a reflexão contínua sobre sua prática, a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem individual ou de todo o grupo.
Para o aluno, a avaliação de aprendizagem deve ser o instrumento de tomada de consciência de suas conquistas, de suas dificuldades e de suas possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender; daí a importância de que faça sua auto-avaliação.
Esses fundamentos possibilitam alcançar o objetivo geral do Colégio:
FORMAR FELIZES CIDADÃOS DO MUNDO.
Competências Básicas
O currículo do Colégio Dom Bosco está focado no desenvolvimento de habilidades conceituais, procedimentais e atitudinais que conduzem à formação de competências básicas para cada fase. A partir do Ensino Fundamental, a seleção e organização das habilidades de cada disciplina nas áreas de linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências da natureza, matemática e suas tecnologias; e ciências humanas e suas tecnologias parte de conceitos científicos essenciais ou conceitos estruturantes que, articulados, correspondem ao quadro de ênfase de cada disciplina.